quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

História do DKW Belcar

A Vemag lançou seu "carro de passageiros" ou "Grande DKW-Vemag" em 1958. Derivado da família F93 alemã da Auto Union, era um sedan de quatro portas com capacidade para seis pessoas. Seu motor, de três cilindros a dois tempos, tinha 900 cc.
Ele sofreu sua primeira mudança estética em 1961, com a eliminação dos quatro frisos traseiros sobre a tampa do porta-malas e o novo desenho dos pára-choques, com mais cromados, poleiros e garras duplas semelhantes às do Cadillac de meados da década de 1950 ou, como preferiam os brasileiros, semelhantes a “seios femininos”.
As calotas igualmente mudaram: deixaram de ser convexas, parecidas com as dos Volkswagen, para adotar um formato cônico com uma tampa metálica no centro, pintada de preto.
O motor melhorou, com sua cilindrada passando a 1000 cc. Foi o primeiro carro nacional submetido a um teste pela revista "Quatro Rodas", a mais importante do país até hoje.
A segunda série de 1961 incorporou um avanço interessante, coisa rara em carros de quatro portas até hoje: para permitir que os vidros traseiros abrissem inteiramente, o recorte das portas avançou pelos pára-lamas. Isso, além de melhorar a circulação de ar, também proporcionava mais espaço para os passageiros de trás entrarem no carro.
Foi nessa série que o carro passou a se chamar Belcar.
Nos modelos 1962 e 1963 pouca coisa mudou: em meados de 1962 saiu o emblema da DKW alemã da frente do capô, e entrou o DKW-Vemag estilizado, escrito por extenso. Os para-choques mantiveram seu desenho, tendo sido alterado, entretanto, seu sistema de montagem, agora dividido em várias peças menores; e em 1963 desapareceu o friso que dividia ao meio o capô do motor.
Em 1964, também pouca coisa mudou na 1ª série: apenas as calotas foram alteradas, passando ao modelo que perduraria até 1967, com o centro do cone decorado com o emblema da Vemag e um ressalto entre a borda e parte mais saliente. As rodas, igualmente, deixaram de ter apenas oito janelas de refrigeração dos freios e passaram a ter 12 janelas - modelo que, igualmente, seria usado até 1967.
Nas cores, os modelos "saia-e-blusa" deixaram de existir, exceto na versão “Luxo”, com pouquíssimas unidades vendidas, e apenas nas cores preta e branca.
A 2ª série do DKW 1964 passou a se chamar 1001, e a principal mudança foi no sentido de abertura das portas dianteiras, que deixaram de ser "suicidas" ou “deixavê”, como apelidou o brasileiro, abrindo para trás.
As maçanetas também foram modernizadas.
O modelo "saia-e-blusa" deixou definitivamente de existir.

Em 1965, a Vemag lançou o Belcar Rio, em homenagem ao quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro. E os carros passaram a ser equipados com o sistema "Lubrimat", que dispensava a mistura óleo-gasolina direto no tanque. Um pequeno tanque de óleo foi instalado junto do motor e uma bomba fazia a mistura diretamente no carburador.
O Belcar Rio, assim como sua "fêmea" Vemaguet, teve nova mudança estética, agora na grade do radiador. Ela deixou de ser do tipo "colméia" e passou a ter janelas maiores, frisos horizontais cortados por quatro colunas verticais.
Foi também alterado o lado de descanso do limpador de para-brisa, terminando assim a área não limpa em frente ao motorista, prejudicando, porém, a visão do passageiro.
Em 1966, novas sinaleiras dianteiras e traseiras foram usadas.
Foi também mudado o volante, que passou a ser cônico.
A mudança mais importante em 1966, porém, foi a volta do diferencial mais longo, usado anteriormente até 1960, que possibilitava um rodar mais suave e silencioso, principalmente em estradas.
No seu último ano, o Belcar teve a frente totalmente reestilizada. O "67", como é conhecido pelos admiradores da marca, levava uma grade inteiriça de alumínio tomando toda a frente do carro, com quatro faróis. Na traseira, as lanternas deixaram o tradicional formato de "gota" e foram horizontalizadas. O sistema elétrico passou a ser de 12 volts com alternador.


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